A pele é o maior órgão do corpo humano e também é o afetado pelo maior número de doenças. São mais de 3.000 enfermidades dermatológicas que acometem a pele de crianças, adultos e idosos. A Clínica Suprema é referência na área e trabalha com profissionais habilitados e especializados para realizar diagnóstico, tratamento clínico e cirúrgico das doenças que afetam a pele, cabelos e unhas.

Conheça as doenças mais comuns:

 

Acne

Acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. Na pele existem milhares de folículos pilosos. Nestes, na porção interna, estão conectadas glândulas produtoras de sebo, as chamadas glândulas sebáceas.

A origem da acne é multifatorial e geralmente se inicia na puberdade, em ambos os sexos, devido à estimulação das glândulas sebáceas pelos hormônios sexuais. Associado a isto, a queratinização alterada do folículo piloso leva à obstrução da saída do pelo na superfície da pele, culminando na retenção de sebo e caracterizando a primeira fase da acne: o comedão ou cravo.

Estas condições favorecem a proliferação de bactérias, provocando inflamação e causando o quadro conhecido como espinhas. Dependendo da intensidade da inflamação, podem ocorrer cistos, abscessos e, nestes casos, a chance de ocorrer sequelas como manchas e cicatrizes é grande.

As acnes são mais frequentes na fase da adolescência, mas podem ser também comuns em adultos, principalmente em mulheres.

Além do incômodo das lesões, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o lado psicológico e tornar muitos adolescentes inseguros, tímidos, deprimidos, infelizes, com baixa autoestima e consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.

 

Alergias

Alergia ou reação de hipersensibilidade é uma resposta imunológica exagerada, que se desenvolve após a exposição a um determinado antígeno (substância estranha ao nosso organismo) e que ocorre em indivíduos suscetíveis (geneticamente) e previamente sensibilizados.

Entre as causas possíveis estão ácaros e baratas, mofo (fungos), epitélio (pele) e pelos de animais (gatos e cães), esporos de fungos e pólens de flores, alimentos (leite de vaca, ovos, amendoim, soja, peixes e frutos do mar, nozes) e medicamentos.

 

Calvície masculina e feminina (Tricologia)

A Tricologia é uma área da Dermatologia que estuda os cabelos e pelos do corpo humano. Os tricologistas são médicos especializados que diagnosticam e tratam queda de cabelos, cabelos frágeis e finos e doenças do couro cabeludo.

Em média, o couro cabeludo contém 100.000 fios de cabelo e, todos os dias, nós perdemos cerca de 100 a 120 fios. Isso é absolutamente normal, pois, assim como as células da pele, os cabelos são renovados naturalmente.

Novos fios de cabelo, que têm um ciclo de vida médio de 2 a 7 anos, substituem os fios perdidos diariamente. Cada folículo capilar produz um novo fio de cabelo durante a sua fase de crescimento. Os cabelos terão cerca de 25 a 30 ciclos como este durante toda nossa vida.

O ciclo de crescimento de um fio consiste em três fases sucessivas: a fase de crescimento, a fase de transição e a fase de repouso.

Para que haja cabelo suficiente em sua cabeça, aproximadamente 85% dos fios sempre estão na fase de crescimento (anágena) e apenas 14% na fase de repouso (telógena). Se essa proporção entrar em desequilíbrio, as consequências podem ser desagradáveis: o processo de queda de cabelos pode acelerar, caindo mais fios que o que pode voltar a crescer, provocando uma perda visível de cabelo.

Doenças que podem levar à queda do cabelo: Eflúvio Telógeno, Alopecia Androgenética (calvície), Alopecia Areata, Dermatite Seborreica, Psoríase, Líquen Plano Pilar, entre outras.

 

Câncer de Pele

 

O câncer da pele é o tipo de tumor mais incidente na população, correspondendo a cerca de 25% dos cânceres do corpo humano. É definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum, constituindo 70% dos casos. Porém, felizmente, é o tipo menos agressivo. Ele apresenta crescimento muito lento e dificilmente invade outros tecidos e causa metástase.

No entanto, quando atinge áreas como nariz, orelhas e pálpebras, pode deixar cicatrizes inestéticas. É mais frequente em pessoas de meia-idade e idosos, sendo mais observado na pele exposta ao sol (face, orelha, couro cabeludo, pescoço, ombros, tórax e dorso).

Quase metade das pessoas que tiveram um CBC (carcinoma basocelular) vão ter outro dentro de um prazo de cinco anos depois do diagnóstico. Isso significa que, quem já teve esse tipo de câncer de pele, deve manter um acompanhamento dermatológico regular.

O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, sendo responsável por cerca de 20% dos tumores cutâneos não-melanoma. Frequentemente, o carcinoma espinocelular cresce nas áreas expostas ao sol, sendo predominante em pacientes a partir da sexta ou sétima década de vida.

No entanto, a exposição solar não é o único fator de risco. Feridas crônicas, cicatrizes antigas, uso de medicamentos imunossupressores, exposição à radiação e a agentes químicos podem aumentar o risco de desenvolvê-lo. Sua evolução é mais agressiva e pode atingir outros órgãos, caso não seja retirado com rapidez.

O melanoma é um tumor maligno originário dos melanócitos (células que produzem pigmento). É o tipo menos frequente de câncer de pele, porém é o que tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade.

A detecção precoce é de fundamental importância neste tipo de câncer de pele, pois as chances de cura aumentam muito quando diagnosticado em fases iniciais. Em estágios mais avançados, o melanoma pode produzir metástases (espalhar para outros órgãos do corpo).

Em geral, o melanoma tem a aparência de uma pinta, que pode apresentar mudança de cor, formato e tamanho, além de poder causar sangramento. Pessoas de pele clara têm risco aumentado de apresentar melanoma. A hereditariedade também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da doença.

Por isso, os familiares de pacientes com histórico de melanoma devem ter acompanhamento dermatológico regular, especialmente os parentes de primeiro grau.

O melanoma pode ocorrer na pele, olhos, nas orelhas, no trato gastrointestinal, nas membranas mucosas e genitais. As áreas mais comuns são o dorso para os homens e os braços e pernas para as mulheres.

 

Atenção:

O câncer de pele varia muito na aparência. Por isso é importante procurar o médico da sua confiança. Existe uma regra para ajudar o paciente chamada ABCDE, cujo objetivo é reconhecer o melanoma em seu estágio inicial.

 

Assimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças, deve ser investigado.

 

Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme.

 

Cor: verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha.

 

Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente.

 

Evolução: observe mudanças na aparência das pintas.

 

Cistos

Os cistos são nódulos benignos que podem surgir em qualquer área do corpo, porém é mais comum na face, pescoço e tronco, que são regiões com maior acúmulo de glândulas sebáceas. Vejamos a manifestação de alguns:

Cistos epidérmicos: são os mais frequentes e resultam da proliferação de células da epiderme dentro da derme, o que ocorre devido a uma tendência genética. As lesões são esféricas, geralmente móveis, indolores, de consistência elástica ou endurecida.

Podem variar de pequenos cistos (menores de 1cm) até lesões com vários centímetros de tamanho. A cabeça, pescoço e tronco são as regiões mais afetadas. Pode haver um ponto central, escuro, da abertura de um folículo piloso. Os cistos são assintomáticos, mas, se localizados sobre extremidades ósseas do tronco ou no couro cabeludo, podem causar incômodo ao deitar ou se encostar. Em caso de inflamação secundária por ruptura da cápsula e/ou infecção, o cisto torna-se avermelhado, quente e doloroso.

Milium: são pequenas lesões amareladas ou esbranquiçadas, superficiais, localizadas frequentemente na face e, principalmente, ao redor dos olhos. Em alguns casos o milium pode atingir tamanhos maiores. Pode surgir também em cicatrizes.

Lúpia: lesões arredondadas ou ovaladas, de coloração amarelada, que surgem na bolsa escrotal ou grandes lábios e aparecem na fase adulta.

Cistos triquilemais: ​também chamados de cistos pilares, são menos frequentes e se originam no folículo piloso, ocorrendo principalmente no couro cabeludo.

 

Ceratoses

 

É uma alteração da camada mais superficial da pele (camada córnea), com hipertrofia e aspecto escamoso ou verrucoso, sendo que o número de lesões pode ser variado.

Ceratose Actínica (ou queratose actínica): é uma lesão de pele causada pelo sol (por isso chamada actínica). Normalmente surge em áreas expostas ao sol como face, orelhas, couro cabeludo em calvos, colo, dorso das mãos e antebraços.

Quando localizada nos lábios, se denominam queilite actínica. Pessoas de pele clara, cabelos loiros ou ruivos, e olhos claros (azuis ou verdes) são as mais suscetíveis de apresentar essas lesões, que se caracterizam por áreas avermelhadas ou ligeiramente acastanhadas, com uma superfície áspera e queratósica.

É conhecida também como ceratose solar ou senil, pois a exposição solar crônica é que a provoca. Por isso são mais encontradas em pessoas idosas. É considerada uma lesão pré-maligna, pois pode evoluir para o carcinoma espinocelular. Quanto maior o número de lesões, maior a chance de evoluir para um carcinoma.

Ceratose Seborreica: é uma lesão benigna da pele, geralmente arredondada ou irregular, de coloração acastanhada, amarronzada ou negra, e de aspecto verrucoso. Aparece principalmente na face e tronco, e pode crescer se tornando volumosa. Geralmente é de origem genética.

Ceratose Pilar (ou folicular): caracteriza-se por pequenas manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, principalmente nos braços, pernas, nádegas e bochechas pelo acúmulo de queratina nos folículos pilosos.

A pele fica com aspecto áspero e ressecado, podendo aparecer em qualquer tipo de pele, no entanto é mais comum em pacientes com dermatite atópica. Tendem a desaparecer com a idade, sendo que pode haver uma predisposição genética.

 

Dermatite Atópica

 A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é uma doença genética, crônica e que causa inflamação na pele. A característica principal da doença é uma pele muito seca com prurido importante que leva a ferimentos, além de outros sintomas, como áreas esfoladas causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele ao redor das bolhas, áreas espessas ou parecidas com couro, que podem surgir após irritação e coceira prolongadas.

É mais comum na infância e pode desaparecer com a idade, assim como piorar. A dermatite atópica pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém com manifestação clínica variável.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de dermatite atópica podem incluir: alergia a pólen, mofo, ácaros ou animais; contato com materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; infecções; estresse emocional e certos alimentos.

 

Dermatite seborreica

A dermatite seborreica, também conhecida pelos nomes de seborréia ou caspa, é uma afecção crônica, não contagiosa, que se manifesta em partes do corpo onde existe maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas.

A presença de microorganismos no couro cabeludo está relacionada ao aparecimento da doença. Os fungos do gênero Malassezia eram considerados os principais causadores da doença. No entanto, estudos recentes mostram que a relação da caspa com a proporção de bactérias é mais forte do que a relação com os fungos.

A gravidade da doença depende mais da diminuição das taxas de Propionibacterium em relação à Staphylococcus do que da ação dos fungos.

A afecção possui dois picos de incidência. O primeiro acontece durante os três primeiros meses de vida, e o segundo a partir da puberdade, atingindo seu ápice entre os 40 e 60 anos de idade.

A apresentação bimodal da doença (ao nascimento e pós-puberal) sugere que ela esteja relacionada a hormônios sexuais. Os homens são acometidos com maior frequência em todas as faixas etárias e não há predileção racial.

 

Dermatite de contato

A dermatite de contato (DC) é uma reação inflamatória da pele causada pelo contato com uma substância exógena. As lesões podem ocorrer em simultâneo e o prurido é o sintoma que normalmente as acompanha. De maneira simples, podemos dividir em dermatite de contato irritativa e dermatite de contato alérgica.

A dermatite de contacto irritativa (DCI) não necessita de sensibilização prévia e corresponde à maioria dos casos. É a dermatite ocupacional mais comum e a mais encontrada em indivíduos atópicos. Normalmente a sua etiologia é multifatorial, onde estão implicados fatores endógenos e exógenos (químicos e/ou físicos), sendo as mãos o local mais afetado.

A dermatite de contacto alérgica (DCA) envolve a sensibilização do sistema imunológico a um alergênico específico. Na reexposição ao alergênico, ocorre uma reação eczematosa entre 48 a 72 horas, mediada por linfócitos T de memória.

Nesta dermatite, concentrações relativamente pequenas do alergênico podem ser suficientes para desencadear uma reação inflamatória, ao contrário das reações por irritantes.

 

Hanseníase

A Hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium lepra,e ou bacilo de Hansen. A transmissão acontece por via aérea, geralmente pelo contato próximo e prolongado com o doente.

Podemos classificar a doença em Hanseníase Paucibacilar, com pouco ou nenhum bacilo nos exames, ou Multibacilar, com muitos bacilos. A Hanseníase pode se apresentar com manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pouco visíveis e com limites imprecisos; alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração.

Classificação da Hanseníase:

 

Paucibacilar

 

  1. A) Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural.
  1. B) Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido, podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).

 

Multibacilar

 

  1. A) Hanseníase borderline ou dimorfa: manchas e placas acima de cinco lesões, com bordas às vezes bem ou pouco definidas, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência.
  2. B) Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.

 

Leishmaniose Tegumentar

 

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania.

No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LTA. As mais importantes são Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L. (V.) braziliensis.

Os sintomas são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. Quando atingem o nariz, podem ocorrer entupimentos, sangramentos, coriza e aparecimento de crostas e feridas. Na garganta, os sintomas são dor ao engolir, rouquidão e tosse.

 

Micoses

 

As micoses superficiais são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos.  Os fungos estão em toda parte, podendo ser encontrados no solo e em animais.

A queratina, substância encontrada na superfície da pele, das unhas e dos cabelos, é o “alimento” para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da flora da pele), estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença. São exemplos de micoses:

Tinea do corpo: forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado, que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão, tendendo à cura.

Tinea da cabeça: mais frequente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo nestes locais.  É muito contagiosa.

Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés e sobe pelas laterais para a pele mais fina.

Tinea interdigital: causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés.  Bastante frequente devido ao uso constante de calçados fechados, que retêm a umidade. Também pode ocorrer nas mãos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão.

Tinea inguinal: forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita coceira.

Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de várias formas – descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia (“unheiro”).  O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada.

Intertrigo candidiásico: provocado pela levedura Cândida albicans.  Apresenta-se na forma de área avermelhada, úmida, que se expande por pontos satélites ao redor da região mais afetada e, geralmente, provoca muita coceira.

Pitiríase versicolor (“pano branco”): forma manchas claras ou amarronzadas recobertas por fina descamação.  Atingem principalmente áreas de maior produção de oleosidade, como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo.

Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés. É assintomática.

 Piedra preta: esta micose forma nódulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. É assintomática.

 Piedra branca: manifesta-se por concreções de cor branca ou clara aderidas aos pelos. Atinge principalmente os pelos pubianos, genitais e axilares, e as lesões podem ser removidas com facilidade, puxando-as em direção à ponta dos fios.

 

Melasma

O Melasma é uma hipermelanose adquirida que atinge mais as mulheres e se caracteriza pelo aparecimento de manchas castanho-escuro localizadas principalmente no rosto.

Alguns fatores, como predisposição genética, fatores vasculares e hormonais, como gestação, uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal têm influência no aparecimento do melasma. Contudo, é a exposição solar o fator mais determinante para seu desencadeamento e perpetuação.

As células da pele acumulam os efeitos da radiação no decorrer da vida e, de repente, depois daquele verão bem aproveitado sob o sol ou depois de uma simples exposição à luz, incluindo a fluorescente de computadores e escritórios, a mancha pode surgir.

Os raios UV levam a maior ativação dos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina, pigmento que confere a coloração da pele. À medida que o melasma permanece sem tratamento, o pigmento pode aparecer nas camadas mais profundas da pele, o que dificulta seu clareamento.

 

Psoríase

Trata-se de uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa, multigênica (vários genes envolvidos), com incidência genética em cerca de 30% dos casos. Caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos.

Iniciam-se, então, respostas imunológicas, que incluem a dilatação dos vasos sanguíneos da pele e infiltração da pele com células de defesa chamadas neutrófilos. Como as células da pele estão sendo atacadas, sua produção também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das células. De acordo com a localização e características das lesões, existem vários tipos de psoríase:

Psoríase Vulgar: lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas, que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos.

Psoríase Invertida: lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras, como axila e virilha.

Psoríase Gutata: pequenas lesões localizadas em forma de gotas e associadas a processos infecciosos. Geralmente aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens.

Psoríase Eritrodérmica: lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo.

Psoríase Ungueal: surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos.

Psoríase Artropática: em cerca de 8% dos casos, pode estar associada ao comprometimento articular. Surge de repente, com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações, como a do joelho.

Psoríase Pustulosa: aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo.

Psoríase Palmo-plantar: as lesões aparecem como fissuras na palma das mãos e planta dos pés.

 

Verrugas

As verrugas são proliferações benignas da pele causadas pelo papilomavírus humano (HPV). A infecção ocorre nas camadas mais superficiais da pele ou mucosa, ativando o crescimento anormal das células da epiderme.

A transmissão do HPV ocorre por contato direto com pessoas e/ou objetos infectados. Pequenas feridas são necessárias para a inoculação do HPV, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns em áreas de traumas.

É possível ocorrer autoinoculação por meio de pequenos ferimentos, que servem de porta de entrada para o vírus. Também há transmissão pelo contato sexual e pela via materno-fetal no momento do parto. Pacientes com baixa imunidade são os mais vulneráveis ao aparecimento de verrugas.

As verrugas podem ocorrer em qualquer região do corpo. Conforme sua localização e formato, são classificadas em:

Verrugas vulgares: é o tipo mais comum. Em geral, as lesões arredondadas ou irregulares, endurecidas e ásperas podem guardar alguma semelhança com o aspecto de uma couve-flor. No início, elas costumam ser claras, esbranquiçadas, com pontos escuros, mas podem mudar de cor com o passar do tempo. As verrugas vulgares aparecem especialmente nas áreas expostas a maior atrito, como mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ao redor das unhas (verrugas periungueais), isoladamente ou em placas.  Apesar da infecção ocorrer em qualquer idade, é prevalente na infância e na adolescência.

Verrugas planas: sua principal característica é a confluência de múltiplas pequenas pápulas amareladas ou acastanhadas, de no máximo 5 mm, pouco proeminentes e mais macias do que as verrugas vulgares. Elas surgem preferencialmente na face.

Verrugas plantares: são lesões dolorosas que se desenvolvem na planta dos pés e, muitas vezes, são confundidas com os calos. Sua área central irregular é circundada por uma camada endurecida da epiderme. O peso que o corpo exerce sobre elas faz com que cresçam para dentro da sola do pé, o que provoca dor quando a pessoa caminha. A confluência de verrugas menores pode favorecer a formação de placas que caracterizam as verrugas plantares em mosaico. A presença de pequenos pontos escuros no centro das lesões sugeriu o nome popular de “olho de peixe”, pelo qual também são conhecidas.

Verrugas filiformes: são lesões finas e alongadas, que se projetam para fora da epiderme. Ocorrem na face, pescoço, pálpebras e lábios, especialmente nas pessoas mais velhas.

Verrugas anogenitais ou condilomas acuminados: essas verrugas podem ser precursoras de tumores malignos, como o câncer de colo de útero e de pênis. As lesões se formam nas mucosas das regiões genital, perianal, oral e na uretra. São pápulas macias, rosadas e vegetantes, isto é, com a aparência de uma couve-flor, que podem unir-se formando blocos e ocupar áreas extensas. Quando isso acontece, as lesões chegam a obstruir a vulva e o ânus e o quadro recebe a denominação de condiloma acuminado gigante de Buschke e Lowoenstein.

 

Vitiligo

 O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados.

As lesões, que podem ser isoladas ou espalhadas pelo corpo, atingem principalmente a genitália, cotovelos, joelhos, face, extremidades dos membros inferiores e superiores (mãos e pés). O vitiligo incide em 1% a 2% da população mundial.